Vol. 2 N.º 1 (2015): Revista FORGES
Revista FORGES

A associação FORGES ambiciona, desde a sua formação, apoiar e desenvolver acções que possam contribuir para o desenvolvimento e consolidação do espaço da educação superior dos países e regiões de língua portuguesa, em particular no que toca à área da gestão e das políticas de ensino superior. A produção e divulgação do conhecimento nesta área e a sua partilha através da Revista FORGES é um dos eixos mais relevantes da actividade desta rede.

Começámos no ano de 2014 a publicação do número 1 da Revista FORGES, querendo que ela assuma a periodicidade de anual. Com esse objectivo, apresenta-se agora o segundo número da Revista que engloba 7 interessantes artigos que incidem em temas relevantes e diversificados, que estão na ordem do dia na educação superior destes países. A saber:

- O artigo “Ensino superior nos países de língua portuguesa: contributos para o diagnóstico no início do século XXI faz um confronto dos diversos modelos de desenvolvimento seguidos pelos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Brasil, Guiné- Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e perspectiva as diferenças na acessibilidade e as suas consequências, concluindo pela necessidade de aumento do investimento no educação superior;

- Com a análise inserida no artigo “A relação teoria - prática na gestão dos cursos de pós - graduação em enfermagem aborda-se a gestão dos cursos ligados à área da saúde e na pertinência de articular a componente cientifica e académica com a função social e o papel que os profissionais desta área têm de assumir na sociedade brasileira;

- A importante discussão da temática da qualidade e da fraude académica surge no artigo A Fraude Académica: minando a qualidade do Ensino Superior, no qual se apresenta um estudo efectuado numa instituição moçambicana;

- Um aspecto relevante para os sistemas em crescimento é abordada no artigo sobre a Qualidade do ensino superior em países periféricos diante dos apelos da globalização - o caso da República de Angola, concluindo-se que, é não só importante ter normas e sistemas de garantia da qualidade, como, sobretudo, é fundamental conciliar esse enquadramento com o respeito da autonomia da academia, dando espaço à criação, ao pensamento e ao debate gerador de conhecimento;

- A sustentabilidade é hoje um desafio sério para a humanidade e, consequentemente para as instituições de ensino superior. Esta problemática é colocada e discutida no artigo “A sustentabilidade socio-ambiental no ensino superior: um tema integrador para os países de língua portuguesa?”, concluindo-se que os desafios da sustentabilidade deverão ser enfrentados pela cooperação para a institucionalização da sustentabilidade no ensino superior destes países.

- O artigo Como integrar o ensino online nas instituições de ensino superior?” sinaliza outra vertente relevante relacionada com as tecnologias da informação, defendendo que cabe às instituições de ensino superior ter um papel activo no acesso de todos à educação, constituindo o ensino à distância ou o e-learning um papel importante nesse contexto;

- Por fim, o artigo 10 Anos de ações afirmativas nas universidades públicas do Brasil: da concepção à avaliação” discute o desenho e os resultados das politicas públicas brasileiras definidas para englobar os alunos afro-brasileiros, promovendo a sua acessibilidade à educação superior.

A partilha de conhecimentos e de experiências são contributos importantes para a consolidação desta comunidade académica que a rede FORGES quer constituir.

 

Luisa Cerdeira, Lisboa, 18 de Outubro de 2015